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Dia: 26 de Janeiro, 2005

26 de Janeiro, 2005 André Esteves

Fait Divers dos últimos dias

Centenas morrem esmagados em festival hindu

Nova Deli, Índia, 258 mortos oficiais num acidente de massas, durante um festival hindu.Durante a procissão dos crentes e fiéis, acompanhando uma imagem da divindade que retornava ao templo, irrompeu um incêndio num conjunto de tendas situadas ao lado da procissão. No pânico que se seguiu centenas de pessoas foram esmagadas e pisadas até à morte.

Este ano não houve acidentes em Meca. Os hindus resolveram aproveitar para subir a parada na competição…

A Notícia

Homem vê imagem de Jesus numa tábua de apontamentos

Alguém vê Jesus Cristo? Eu sinceramente só consigo ver um macaco a espreitar do lado de uma parede. Mas devo ser eu que reconheço comportamentos animais em todos os humanos.

A Notícia

Monge budista escultor de infernos acusado de violação em exorcismo

Este monge budista, é conhecido por ser um grande escultor de madeiras. Conseguiu retirar do anonimato o pequeno templo de que é responsável, esculpindo para os turistas imagens do inferno. O templo também é conhecido por exercer a especialidade de exorcismos de almas de bébes abortados. Uma mulher traumatizada por um aborto espontâneo, que pediu um exorcismo, acusa o referido monge de violação.

Quem tem o inferno dentro de si… (leia a notícia original para perceber)

A Notícia

Meteorito cai no Camboja, despoletando incêncidos e adoração

Um meteorito de 10 onças caiu próximo de Phnom Penh, Cambodja. O objecto incandescente provocou incêndios nas florestas à volta da cidade, e terá sido posteriormente transladado para um templo local. Multidões de curiosos acorreram ao local onde se dirigem ao meteorito em oração.

Alguém se lembra da pedra negra em Meca? Esta chegou tarde demais para fazer concorrência.

A Notícia

Pastor de seita cristã no Canadá casa com criança de 10 anos

Pastor de seita defende-se em tribunal de acusação de casamento com menor de 10 anos, tendo ele 56 anos. O argumento de defesa apresentado em tribunal pelo jovem (de espírito, claro) pastor é muito simples: não há nenhuma lei no Canadá que defina uma idade mínima para o casamento. Exige ainda ser reunido de volta à sua «esposa» porque uma das missões que recebeu de Deus é aconselhamento de casais, e que para tal precisa da sua esposa.

Demasiadas leituras do velho testamento onde se encontra a única e verdadeira lei de Deus. Afinal porque havia ele de mudar de opinião? Ou seremos as cobaias de Deus?

A Notícia

26 de Janeiro, 2005 Carlos Esperança

Não ao anti-semitismo

Mais de meio século decorrido, lembro-me do ódio das catequistas da minha infância. Recordo o horror e a sanha com que evocavam os judeus, que mataram «Nosso Senhor». Tenho presente o desvario boçal de quem julga com ignorância, condena com crueldade e exulta com as atrocidades.

Nessa altura, as crianças faziam a primeira comunhão vestidas de cruzados e o anti-semitismo devorava os corações de gente simples e analfabeta, submetida à fome, à miséria e à oração. Os demónios do anti-semitismo continuavam a habitar o catolicismo romano. Pio XII pontificava e a pusilanimidade do seu silêncio perante o Holocausto era compensada pela coragem com que denunciava a exiguidade dos trajos femininos.

Fez ontem sessenta anos que se abriram as portas do campo de morte de Auschwitz. A dimensão do ódio e da demência superaram a imaginação mais perversa. Treblinka e Auschwitz são nomes que arrepiam, lugares que envergonham a Humanidade, sítios que interpelam a consciência humana. Não podem ser esquecidos.

Pior do que o ódio para que os homens são aptos é a crueldade de que os deuses são capazes.

Em nome da vida, é preciso combater o racismo e a xenofobia, exorcizar o passado de violência, crueldade e morte que parece ressurgir diariamente. Em nome da memória é preciso prestar homenagem a seis milhões de judeus vítimas da mais ignóbil e feroz campanha de extermínio sistemático de que há registo.

O Diário Ateísta curva-se respeitosamente perante todos os homens e mulheres vítimas do ódio racial e da intolerância religiosa.

26 de Janeiro, 2005 André Esteves

Ainda a Zitinha…

(brinquem.. brinquem.. Quando começarem a decidir por nós o que nós devemos ser…)