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Dia: 25 de Julho, 2004

25 de Julho, 2004 Mariana de Oliveira

Evangelhos Apócrifos

Há uns dias enviaram-me um link para uma página sobre os Evangelhos Apócrifos. Aí podemos recolher informações sobre este conjunto de textos que não fazem parte da bíblia.

De acordo com o site, os estudiosos dividem-se: uns entendem que são apenas a expressão da piedade popular sobre Jesus e terão sido escritos no séc. II da nossa era. Para eles, essas informações não acrescentam nada às contidas nos textos canónicos. Outros, pelo contrário, defendem que os evangelhos apócrifos, como o Evangelho de Tomé, poderiam aproximar mais a mensagem de J. Cristo dos seus fiéis uma vez que conservariam dados importantes sobre a memória popular daquela personagem e respectivo séquito.

O número de livros apócrifos é maior do que os contidos na bíblia canónica: 112, sendo 52 relativos ao Primeiro Testamento e 60 relativos ao Segundo.

Através das escrituras apócrifas, o leitor poderá ver uma nova faceta de muitos actores da religião cristã: Maria Madalena não será apenas a prostituta arrependida, mas também uma opositora de Pedro e Maria será uma discípula e apóstola de Jesus.

Independentemente da validade científica dos artigos que se podem encontrar na página de Frei Jacir de Freitas, é interessante lê-los, questioná-los e conhecer uma outra possível realidade.

25 de Julho, 2004 jvasco

Cosmologia

Einstein deu várias contribuições para a Física.

Uma das mais importantes foi a teoria da Relatividade Geral. Esta teoria aplica-se fundamentalmente no campo da cosmologia, onde é essencial para que compreendamos a história e funcionamento do Universo numa larga escala.

Algures na teoria Einstein chegou à conclusão de que, pelas suas contas, o Universo estaria a expandir-se a uma velocidade constante. Como lhe parecia “natural” que o Universo estivesse parado, Einstein criou um “força” que era dada por uma constante cosmológica, calculada por forma a que o Universo estivesse parado em equilíbrio.

Mais tarde, quando Hubble descobriu o “desvio para vermelho” e se constatou que o Universo estava de facto em expansão, da forma que estaria se a constante gravitacional não existisse, Einstein chamou à sua imposição da constante que havia calculado “o maior erro da sua carreira”.

É assim que a Física deve funcionar: os dados experimentais são soberanos. Aquilo que nos parece “natural” pode não o ser. A natureza não tem de corresponder aos nossos preconceitos e desejos.

Na altura em que se chegou à conclusão de que a constante gravitacional seria nula, os dados obtidos não eram tão abundantes, e eram relativamente imprecisos. Recentemente, com mais dados, mais capacidade de cálculo, maior precisão, sabe-se que o nosso Universo se expande aceleradamente: cada dia mais rápido. Desta forma existe uma constante gravitacional não nula: tem até sinal contrário ao que Einstein lhe deu.

A Cosmologia é um campo do conhecimento interessante, que ainda terá muito a dizer sobre os mistérios que nos fascinam a todos. Será que o derradeiro mistério da Criação está ao nosso alcance? É possível… mas não durante os próximos milénios, parece-me.