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Dia: 12 de Maio, 2004

12 de Maio, 2004 Carlos Esperança

O presidente da Câmara de Viseu foi a Fátima agradecer a cura das hemorróidas

O Diário As Beiras (site indisponível) noticia na última página de 12 de Maio que o Dr. Fernando Ruas, presidente da Câmara de Viseu e da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, chegou ontem ao início da noite a Fátima, após uma caminhada de quatro dias para cumprir uma promessa feita por um amigo.

O amigo e vereador da Câmara de Viseu, António da Cunha Lemos, alarmado com as hemorróidas do seu presidente, no final do verão passado, prometeu que iriam os dois a pé a Fátima.

O Dr. Ruas, que não duvidará das virtudes da Cova da Iria, no que diz respeito às hemorróidas, optou, à cautela, por fazer uma cirurgia que lhe deixou a parte terminal do aparelho digestivo na perfeição. Mas, nem por isso se furtou à promessa.

Se é verdade que o bisturi do cirurgião possa ter ajudado na cura, não terão sido despiciendas as orações do seu vereador e as próprias, sobretudo no alívio pós-operatório. Com um pouco mais de convicção talvez as orações dispensassem a cirurgia.

«Na recta final da viagem, cerca das 19H45, o autarca social-democrata disse que o percurso a pé de Viseu a Fátima “não foi pêra doce”, mas que correu muito bem».

Para além de já se saber que são rectos e santos os caminhos que conduzem a Fátima pode concluir-se que são benfazejos para as moléstias do recto, como pode testemunhar o pio edil de Viseu.

Assim, caro leitor, se sofre de hemorróidas, não falte ao 13 de Maio em Fátima.

12 de Maio, 2004 Carlos Esperança

Paulo III, o pontífice que aprovou a regra dos jesuítas



Sobre a Ordem dos Jesuítas sabe-se muito. Do seu imenso poder, das suas riquezas fabulosas, dos ódios que cultivaram e suscitaram, das boas e más relações que mantiveram com sucessivos papas. Mas pouco se diz sobre o piedoso pontífice que aprovou tão piedosa Ordem ? Paulo III.

Paulo III, o pontífice que aprovou a regra dos jesuítas, não era um exemplo de virtudes. Inundou a cristandade de jubileus e indulgências, era obsessivo por dinheiro, lutou por terras e dignidades, criou e vendeu cargos eclesiásticos, não esquecendo o barrete cardinalício para dois netos seus ainda bem jovens. Claro que tinha sido escolhido papa por ter sido o aspirante que mais compensações financeiras ofereceu aos eleitores.

Nesse tempo até o Espírito Santo, que é suposto iluminar os cardeais, era subornável.

12 de Maio, 2004 André Esteves

O rei e a sua coroa…

“É difícil encontrar no mundo outro lugar onde a mão de Deus e do homem tenham trabalhado em tanta sintonia…”

Dias Loureiro, presidente do Congresso Nacional do PSD

Só gostaria de fazer notar aos leitores do blog «Diário de uns Ateus», familiares com as acções da «mão de deus» na ilha da Madeira, que a legislação brasileira não permite a expatriação de nacionais para o cumprimento completo das suas penas, mas que em contrapartida, a lei brasileira permite, a pedido das autoridades do país onde o crime se deu, pôr o fugitivo em tribunal, para ser outra vez julgado pelos seus crimes e cumprir pena por eles no Brasil.

As autoridades relevantes neste caso, são as do governo regional da madeira, dos sucessivos governos da républica e do ministério público.

Estes são os factos, simples e concretos.