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Dia: 14 de Abril, 2004

14 de Abril, 2004 jvasco

Notícias acerca da IURD

O Jornal de notícias fez um conjunto de reportagens muito engraçado que vivamente aconselho.

Está tudo aqui.

14 de Abril, 2004 Mariana de Oliveira

Novo destino: Balazar

Na última edição do semanário Expresso, foi publicada, na Única, uma reportagem sobre a mundialmente famosa VIP de Balazar: Alexandrina.

A pequena freguesia poveira, aos fins-de-semana, cresce uns 200% e as filas (ou bichas, se quiserem ser mais tradicionalistas) de trânsito começam a mais de três quilómetros da vila. Os carros, como diz o jornal, têm um típico terço pendurado no retrovisor. Não são fornecidos dados acerca da panóplia de outros objectos comuns nas viaturas devotas: uma placa gravada com o nome e morada do proprietário adornada por uma santinha, uma Sua Senhora de Fátima fluorescente/que muda de cor de acordo com as condições atmosféricas (depois de se verificarem, claro), um CD – para evitar radares da polícia – e uma fita vermelha – para afastar o mau olhado – concorrendo com o terço no retrovisor, capas de assentos com bolinhas de madeira massajantes e duas almofadas de renda/clube de futebol e a colecção de K7’s dos maiores êxitos do Roberto Leal.

O sucesso deste novo destino religioso, ao que parece, faz sonhar a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim e a Junta de Freguesia de Balazar com um santuário e novas acessibilidades. Mais uma vez, Igreja e Estado numa relação de promiscuidade.

Quem já beneficiou com este corrupio de fiéis são os donos dos cafés e a igreja onde está sepultada a venerável Alexandrina – as caixas registadoras… e as de esmolas não param de trabalhar.

Na recepção do templo, vende-se um pouco de tudo: pés, mãos, braços, fígados, pulmões, rins, ovelhas, vacas e cabritos, mas tudo feito de cera. Parece que é uma forma paga (duvido que com a aplicação da respectiva taxa de IVA) de agradecer à Santa. Para além disso, há também um serviço de aluguer de terços a que se pode recorrer no caso de esquecimento do dito no retrovisor do carro.

A casa de Alexandrina também faz parte do itinerário. O seu quarto, intacto desde a sua morte, com excepção para uma capa de plástico por cima da colcha da cama (que as pessoas beijam com esperança de serem abençoadas, apesar de não saberem se foi comunicada à cobertura alguma santidade) e uma fotografia em vez da santa, é palco para as mais variadas manifestações de devoção sendo a mais comum a saída com lágrimas nos olhos.

No fim da visita, à porta, está uma caixa de esmolas. Os santos não se auto-sustentam.

14 de Abril, 2004 André Esteves

Em memória de John Lennon.

God

God is a concept,

By which we can measure,

Our pain,

I’ll say it again,

God is a concept,

By which we can measure,

Our pain,

I don’t believe in magic,

I don’t believe in I-ching,

I don’t believe in bible,

I don’t believe in tarot,

I don’t believe in Hitler,

I don’t believe in Jesus,

I don’t believe in Kennedy,

I don’t believe in Buddha,

I don’t believe in mantra,

I don’t believe in Gita,

I don’t believe in yoga,

I don’t believe in kings,

I don’t believe in Elvis,

I don’t believe in Zimmerman,

I don’t believe in Beatles,

I just believe in me,

Yoko and me,

And that’s reality.

The dream is over,

What can I say?

The dream is over,

Yesterday,

I was dreamweaver,

But now I’m reborn,

I was the walrus,

But now I’m John,

And so dear friends,

You just have to carry on,

The dream is over.

John Lennon

Um homem que acordou do sonho e se descobriu Homem e ateu.

Enfrentou a guerra, a droga, a solidão do talento e lucidez, acabando morto por um louco religioso que amava-o demasiado no sonho.

A humanidade é construída da memória.

Não te esquecemos, John Lennon.

Homem como nós.

14 de Abril, 2004 Mariana de Oliveira

Citação do Dia

Não acredito ter qualquer imortalidade. O maior mal no mundo, hoje, é a religião cristã.

Henry Wells