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  • 5 de Março, 2018
  • Por Carlos Esperança
  • Ateísmo

Gazeta Ateísta

Por

ONOFRE VARELA

A CONVICÇÃO DOS CRENTES 

Enaltecer a subjectividade é o que faz o partidarismo, seja ele político, religioso, ou de qualquer outra índole. Tomar partido por algo ou por alguém, é colocar-se ao lado de uma corrente de pensamento defensora de um determinado ponto de vista, o qual –quando não é aferido por uma ciência – é, sempre, subjectivo; portantoapenas diverso do ponto de vista do outro.

As visões contrárias à natureza das coisas, nunca são avalizadas pelas disciplinascientíficas que as estudamNinguém pode negar que dois mais dois são quatro… amatemática garante-o sem lugar a dúvidas nem a subjectividades. No quadro científiconinguém pode afirmar que dois mais dois são cinco (embora os sofistas o possam fazer… mas é logro!).

A garantia de que Deus existe ou que não existe, tem por base a crença ou a descrença, e não passa de uma convicção. Não havendo uma disciplina científica que garanta estar a verdade de um dos lados, a subjectividade faz lei para qualquer afirmação, e cada um defende a sua com a mesma licitudeA ideia de Deus permite várias interpretações e discussõesdesde logo sobre sua estranha natureza, e não define nada de real, deabsolutamente concreto e palpável.

Todos nós temos direito às nossas convicções. E a defesa de uma convicção só pode ser rotulada de acto desonesto se o seu defensor tiver consciência da “inverdade” que apregoa; e só é vigarice se, conscientemente, ele quiser comprar a concordância do outro sabendo que lhe está a vender gato por lebre.

Quando o defensor de uma ideia está convicto daquilo que defende, porque acredita naquela forma tal como a descreve, não concebendo outra ideia para aquilo que é a sua convicção, presumindo estar com a verdade, o defensor dessa ideia é honesto nas suas afirmações e deve ser respeitado na “sua verdade”… embora possa estar errado!…

É este erro que faz a “verdade” das religiões quando afirmam a existência real de uma divindade.

E tenho muitas dúvidas na honestidade da maioria dos sacerdotes. Penso que a sua intelectualidade lhes sussurra a mentira que impingem aos crentes… mas é com isso que enchem a barriguinha e se rodeiam de mordomias. Não é por acaso que o nosso muitopobre povinho lhes outorga autoridade e lhes presta subserviência!…

(O autor não obedece ao último Acordo Ortográfico)