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  • 2 de Março, 2018
  • Por Carlos Esperança
  • Religiões

Notas Soltas – Fevereiro_2018

Antissemitismo – Em 1941, em Jedwabne, católicos polacos fecharam num celeiro 340 vizinhos judeus, queimando-os vivos. O ódio religioso levou os bispos cristãos a dar ao regime alemão os registos de batismo para, por exclusão, acharem judeus.

Polónia – Ignorando a cumplicidade autóctone no Holocausto, o recente projeto-lei, que torna ilegal acusar o Estado polaco de cumplicidade, não muda a história nem absolve o passado do País, cuja sintonia com a Alemanha de Hitler não foi apenas residual.

Filipinas – A eleição de um assassino é uma fragilidade das democracias, e o presidente Duterte é o reflexo do país atrasado onde católicos se crucificam na Páscoa e é popular a execução sumária de presumíveis drogados, traficantes e contrabandistas.

Patriarca de Lisboa – O cardeal Clemente defende que casais “em situação irregular”, isto é, que voltaram a casar após o divórcio, tenham uma “vida em continência na nova relação”. É a apologia do mais original dos casamentos, com separação de pessoas.

Espanha – O franquismo fuzilou quase 3.000 pessoas, em Madrid, entre 1939 a 1944, depois da guerra civil, com a cumplicidade do clero. É a dolorosa amostra de centenas de milhares de execuções, pelo maior genocida ibérico da História. Continuam impunes e silenciadas.

Vale dos Caídos – O Governo gastará 1,8 milhões de €€, a restaurar o mausoléu de Franco. Só na comunidade de Cantábria há cerca de 150 valas comuns da Guerra Civil e do pós-guerra, onde o PP e a ICR impedem a exumação dos mortos com funeral digno.