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Dia: 26 de Maio, 2016

26 de Maio, 2016 Carlos Esperança

Associação Ateísta Portuguesa

REPÚBLICA PORTUGUESA
GABINETE DO SECRETARIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUA REFERÊNCIA  SUA COMUNICAÇÃO DE 15 DE ABRL

Exmo. Senhor
Presidente da Direção da Associação Ateísta Portuguesa [email protected]

NOSSA REFERÊNCIA                      DATA

NO : 1244/2016                                  20-05-2016

ENT.: 2044/2016

PROC. NO : 5/16.5

 

ASSUNTO:  ATROPELO À LAICIDADE EM ESCOLA DE CASTELO DE PAIVA

Na sequência do solicitado no e-mail de 15 de abril de 2016, dirigido ao Senhor Ministro da Educação, posteriormente reencaminhado para este Gabinete, e uma vez ouvida a Direção-Geral do Estabelecimentos Escolares, comunicamos a V. Exa. o seguinte:

O Ministério da Educação e, no caso particular, os órgãos próprios de administração e gestão dos agrupamentos de escola e escolas não agrupadas encontram-se subordinados aos princípios consignados na Constituição da República Portuguesa e na Lei de Bases do Sistema Educativo.

Conforme previsto no regime de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos públicos da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, aprovado pelo Decreto-Lei n. 0 75/2008, de 22 de abril, alterado pelos Decretos-Leis 224/2009, de 11 de setembro, e 137/2012, de 2 dejulho, o conselho geral – enquanto órgão de direção, administração e gestão foi criado no sentido de reforçar a participação das famílias e comunidades na direção estratégica dos estabelecimentos de ensino, promovendo a abertura das escolas ao exterior e a sua integração nas comunidades locais.

Nele estão representados não só o pessoal docente e não docente, mas também os pais e encarregados de educação (e os alunos, no caso dos adultos e do ensino secundário), as autarquias e a comunidade local, nomeadamente representantes de instituições, organizações e atividades económicas, sociais, culturais e científicas.

É neste contexto, envolvendo pais, alunos e comunidade, que são aprovadas as regras fundamentais de funcionamento de uma escola, designadamente, as decisões estratégicas e de planeamento (projeto educativo e plano de atividades) respondendo sempre ao superior interesse de todos os alunos num ambiente educativo plural com é a escola pública.

Por último, esclarecemos, ainda, que, de acordo com informação veiculada pela Direção de Serviços da Região Norte da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, os alunos do Agrupamento de Escolas de Castelo de Paiva não participaram no evento acerca do qual são suscitados os esclarecimentos pretendidos.

Com os melhores cumprimentos,

O Chefe do Gabinete,

26 de Maio, 2016 Carlos Esperança

Laicidade traída

É inaceitável que a Câmara Municipal de Lisboa colabore na edificação de uma nova mesquita perante a conivência ou o silêncio dos diversos partidos representados na Assembleia Municipal.

A petição em curso, cuja oportunidade é indiscutível, apresenta uma marcada islamofobia que impede a sua subscrição por todos os que defendem a laicidade.

Infelizmente, há por todo o país uma febre de construção de igrejas com dinheiros públicos e outros benefícios autárquicos.

Se não soubermos opor-nos aos desmandos católicos, será impossível os islâmicos e defender a laicidade.