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Dia: 21 de Julho, 2015

21 de Julho, 2015 Carlos Esperança

Tolerância cristã

Quando oiço falar da tolerância cristã vêm-me à memória dois milénios de violência que culminam na influência maléfica que a hierarquia católica exerce nos países sul-americanos e em vários países europeus, da Polónia à Espanha.

Se é verdade que os judeus ortodoxos e muçulmanos, particularmente estes, não temem confronto com as malfeitorias dos cristãos, não podemos absolver a violência que brota dos livros ditos sagrados e do proselitismo dos crentes fanatizados.

Os cátaros e o huguenotes provaram cruelmente as manifestações de indulgência cristã, tal como os judeus e muçulmanos. As Cruzadas e a Inquisição não foram epifenómenos de uma época, inserem-se na matriz genética da doutrina que aspira dominar o mundo.

A Reforma e a Contrarreforma são o exemplo trágico da ferocidade que os cristãos são capazes. E que dizer dos cristãos que santamente acorriam aos locais de suplício para se deliciarem com as torturas e o churrasco de pessoas vivas?

Calvino foi tolerante? Os Evangélicos e os Adventistas são tolerantes? JP2 e B16 foram exemplos de tolerância ou de bondade?

O Opus Dei não alberga o mais leve resquício de tolerância no coração dos seus membros. Monsenhor Escrivá, o tenebroso sacerdote que voou a jacto para a santidade, montado no dorso de JP2, foi diretor espiritual do casal Franco e do general Pinochet, dois terríveis ditadores que governaram respetivamente a Espanha e o Chile.

De Pinochet e esposa dizia JP2 que eram um casal cristão perfeito. Era esta a opinião do futuro santo sobre o torcionário, ladrão e fascista. É de exemplos de santidade assim que o cristianismo está cheio.

Que existem cristãos tolerantes não há dúvida. Que o cristianismo seja tolerante é falso. O papa atual não faz a primavera.

21 de Julho, 2015 Carlos Esperança

A lepra do EI

Estado Islâmico força adolescentes a decapitarem bonecos como parte de treinamento.

Centenas de crianças e adolescentes da minoria yazid raptados pelo Estado Islâmicos estão sendo obrigadas a praticar técnicas de decapitação em bonecos como parte de um programa de radicalização. O objetivo dos jihadistas é criar a próxima geração de extremistas nas vastas áreas de território controlados do Iraque e da Síria.