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Dia: 11 de Dezembro, 2014

11 de Dezembro, 2014 José Moreira

“Deus tem futuro?”

Assim, de repente, até parece uma pergunta feita por um ateu ou, na melhor das hipóteses, de um agnóstico. Na verdade, parece não caber na cabeça de um crente que Deus, o omnipotente, o eterno, o etc. seja, ou esteja, carente de futuro. Deus é eterno, ponto final. e se, como dizem, “o futuro a Deus pertence”, então estamos conversados. No entanto, a pergunta tem toda a pertinência. É tão pertinente perguntar “Deus tem futuro?”, como é pertinente perguntar “a Democracia tem futuro?”, ou “o Comunismo tem futuro?” De facto, todas as criações do Homem são passíveis de desaparecer ou, numa hipótese menos radical, de serem alvo de transformações. E Deus não é excepção.

A resposta à pergunta “Deus tem futuro?” não pode, no entanto, ser dada de ânimo leve. Até porque há, na minha perspectiva, duas respostas: não e sim.

Com  efeito, o deus omni-sapiente, o que era uma resposta para tudo, o que tudo podia e fazia, esse está moribundo. A Ciência vai-se encarregando, dia após dia, de lhe dificultar a vida ou, numa linguagem mais corriqueira, de lhe tirar o tapete.. Milhares, milhões, de coisas que Deus fazia foram, definitiva e irrevogavelmente, avocadas pela Ciência. Hoje, dificilmente se morre “porque Deus se dignou chamar à sua presença”, tantas são as maneiras de bater a bota. Ninguém, em seu perfeito juízo, acredita que a trovoada é “Deus a ralhar” e se dizem “até amanhã se Deus quiser”, o se Deus quiser não passa de uma figura de retórica, pois ninguém acredita que Deus esteja preocupado a querer isto ou aquilo.

Mas há uma outra vertente de Deus que, essa sim, tem o futuro assegurado. Refiro-me ao deus-placebo, ou deus-paliativo, ou deus-madre-teresa-de-calcutá. Pelo menos enquanto houver pobres e desvalidos “porque essa é a vontade de Deus”, essa vertente divina tem o futuro assegurado. Em último caso, até ao momento em que o Homem tome consciência de que não é Deus que o vai salvar seja do que for, porque também não foi Deus o causador da desgraça, da doença ou da fome. Mas esse momento nunca chegará, porque há sempre formas ínvias de alguém calar as vozes que pretendam lançar alguma luz..

Como se viu e ouviu.

11 de Dezembro, 2014 Carlos Esperança

Malala, o Islão, o obscurantismo e a violência

A decadência da civilização árabe trouxe o histerismo religioso e o acréscimo de crimes sectários, num crescendo de demência que contaminou os países não árabes que o Islão intoxicou, como o Irão ou a Turquia, esta como um presidente, Erdogan, que mantém o injusto e paradoxal epíteto de «muçulmano moderado», apesar das provas dadas.

Esta quarta-feira, Malala Yousafzai, recebeu o prémio Nobel da Paz. A menina baleada por um talibã, porque defendeu o direito à educação, não é apenas a heroína descoberta pela comunicação social, é a sobrevivente de milhões de meninas transacionadas aos 9 anos para casamentos que reproduzem a prática pedófila do Profeta, casado com uma de 6, e cuja consumação matrimonial, segundo a tradição islâmica, se verificou aos 9.

Se esta impressionante aberração era prática tribal, consensual no século VII, é hoje um crime horrendo que a tradição perpetua. Malala é o paradigma de milhões de meninas vítimas de uma religião misógina, herança do rude pastor de camelos. É sobrevivente da violência contra as mulheres, de uma sociedade moldada pelo Corão onde os direitos humanos não existem e a mulher pode ser vendida pela melhor oferta.

Comovidos com o olhar de sofrimento de Malala, onde brilha a esperança, nem demos conta que, no mesmo dia, jihadistas ISIS decapitaram crianças por não se converterem. O jornal britânico Mirror refere que quatro crianças foram decapitadas pelos terroristas do Estado Islâmico, no Iraque, depois de recusarem converter-se ao Islão.

Vamos esquecendo as meninas cristãs raptadas na Nigéria, e mantidas como escravas, por bandos islâmicos que aprenderam a recitar o Corão e ignoram os direitos humanos.

Não esquecemos os desvairados Cruzados, Bush, Blair, Aznar e Barroso, que arrasaram Bagdad e destruíram um país, mas não podemos tolerar que a desigualdade de género e a condenação das mulheres à pobreza e à ignorância continuem a reproduzir sociedades tribais onde não há o mais leve respeito pelos direitos humanos ou o mínimo avanço na renúncia à posse das mulheres.

O Islão é hoje a mais nociva das religiões e a mais perigosa.

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