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Dia: 6 de Maio, 2013

6 de Maio, 2013 Carlos Esperança

Giulio Andreotti faleceu ao 94 anos

Giulio Andreotti, sete vezes primeiro-ministro da Itália, morreu nesta segunda-feira, aos 94 anos.

Foi um dos líderes de Democracia Cristã (DC), o partido que dominou a política italiana por quase 50 anos até aos anos 1990, quando o processo Mãos Limpas expôs as ligações entre política e máfia e provocou a implosão do sistema partidário. Dentro da DC, representava a ala mais conservadora e religiosa.

O próprio Andreotti foi acusado de assassínio e envolvimento com a máfia: de algumas acusações foi considerado inocente, mas os juízes de Palermo consideram que a cooperação com a Cosa Nostra (máfia siciliana) ficou provada, só que os crimes tinham entretanto prescrito.

Diário de uns Ateus – Apresentamos condolências à ICAR, à Máfia e à família de sangue do mais destacado político, mafioso e crente.

6 de Maio, 2013 José Moreira

Democracia e laicidade

Quando convém, a nossa comunicação social, em geral, e os nossos políticos em particular, enchem a boca de democracia e laicidade. E são capazes de jurar a pés juntos e com um prego aceso na mão que Portugal é um estado democrático e perfeitamente laico, não tendo o menor pejo em invocar a Constituição como a principal e melhor testemunha.

Entendamo-nos. É tudo uma questão de rigor linguístico – ou de falta dele. Porque omitem uma palavra que, apesar de pequena, faz toda a diferença. É um singelo advérbio e modo que dá pelo nome de formalmente. Exacto. Portugal é um país formalmente democrático, e formalmente laico.

Em Portugal, a justiça é igual para todos, ninguém está acima da Lei, a saúde é tendencialmente gratuita  e a educação é mesmo gratuita, toda a gente tem direito ao trabalho. Formalmente falando, claro.

Em Portugal, a religião está separada do Estado. Formalmente. Porque a prática diz-nos, precisamente, o contrário. A TV do Estado, de todos nós, encheu-nos o Domingo com as Festas de Barcelos, o que até nem seria grave, se não fizessem o patético esforço de tentar justificar a origem das festas, enchendo o tempo com estórias cuja veracidade está a anos-luz da razão. Mas isso ainda é o menos; porque ao fim da tarde, a dita “primeira-dama”, esposa de um presidente de uma república dita laica, aparece no meio de uma procissão religiosa cuja única finalidade visível é a de aproveitar o sol para tirar o cheiro a mofo do mamarracho, e tentar aliviar-lhe o caruncho. E tivemos de gramar largos minutos, como se o folclore tivesse alguma importância para o momento que o país atravessa.

Tudo isto, afinal, a propósito do nome do futuro hospital de Lisboa. Que, num país laico, vai chamar-se “Hospital de Todos-os-Santos”. Mas o que é que têm os santos a ver com os hospitais de um estado que se diz laico? Já agora: vale uma aposta em como vai levar benzedura?

Portugal, país laico e democrático? A língua portuguesa é mesmo muito traiçoeira…

6 de Maio, 2013 Carlos Esperança

D. Maria Cavaco, a procissão e o milagre

A D. Maria Cavaco Silva acompanhou ontem a procissão da «Nossa Senhora da Saúde», em Lisboa, o que faz – segundo disse – desde 2006.

É fácil descobrir pela data que vai agradecer o milagre da eleição do marido para PR.