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Dia: 11 de Agosto, 2012

11 de Agosto, 2012 Carlos Esperança

Uniões proibidas, citadas por Deus a Moisés

Por

Leopoldo Pereira

Estava eu a fim de resumir os conteúdos, quando me apercebi de que o melhor seria mesmo copiar na íntegra o texto bíblico, por certo bem mais apetecível na sua forma original.

Antes disso e concretamente para os que teimam em não ler o Livro Sagrado, quero relembrar que nos tempos antigos Deus falava muito, especialmente com os Profetas. Moisés terá sido, em meu entender, o mais solicitado, isto a avaliar pelas conversas que chegaram até nós! É de admitir que a maior parte delas se tenha diluído no tempo, lamentavelmente.

Aqui fica um apontamento desses inúmeros contactos, que Deus começava quase sempre de forma idêntica e com a modéstia que Lhe era característica:

“Diz aos filhos de Israel: Eu sou o Senhor, o vosso Deus. Não vos comporteis como na terra do Egipto, onde habitastes, nem como costumam comportar-se na terra de Canaã, para onde vos levo; não sigais os seus estatutos, mas praticai as minhas normas e guardai as minhas leis, deixando-vos guiar por elas. Eu sou o Senhor, vosso Deus. Guardai os meus estatutos e as minhas normas, que dão vida a quem os cumpre. Eu sou o Senhor.

Ninguém de vós se aproximará de uma parenta próxima, para ter relações sexuais com ela. Eu sou o Senhor. Não tenhas relações sexuais com a tua mãe. Ela é de teu pai, e é tua mãe; não tenhas relações sexuais com ela. Não tenhas relações sexuais com a concubina de teu pai, pois ela pertence ao teu pai. Não tenhas relações sexuais com a tua irmã, seja por parte de pai ou de mãe, nascida em casa ou fora dela. Não tenhas relações sexuais com as tuas netas, pois elas são a tua própria carne. Não tenhas relações sexuais com a filha da concubina de teu pai, pois ela é tua irmã. Não tenhas relações sexuais com a tua tia paterna, pois ela é do sangue de teu pai. Não tenhas relações sexuais com a tua tia materna, pois ela é do sangue de tua mãe. Não ofendas o teu tio, irmão de teu pai, tendo relações sexuais com a mulher dele, pois ela é tua tia. Não tenhas relações sexuais com a tua nora, pois ela é a mulher do teu filho. Não tenhas relações com a tua cunhada, pois ela pertence ao teu irmão. Não tenhas relações sexuais com uma mulher e com a filha dela, nem com a neta dela. São parentes e isso seria uma infâmia. Não cases com uma mulher e com a irmã dela, criando rivalidades. Não tenhas relações sexuais com uma mulher durante a menstruação.
Não sacrifiques um filho teu a Moloc, profanando o nome do teu Deus. Eu sou o Senhor.
Não te deites com um homem, como se fosse com uma mulher: é uma abominação. Não te deites com um animal, pois ficarias impuro. A mulher não se entregará a um animal, para ter relações sexuais com ele, pois seria uma depravação. (…)

Todas estas abominações foram cometidas pelos habitantes que habitaram nesta terra antes de vós, e a terra ficou impura. Todo aquele que cometer uma destas abominações será excluído do seu povo.

Portanto, respeitai as minhas proibições, não seguindo nenhuma dessas práticas abomináveis, que eram feitas antes de vós chegardes. Não vos torneis impuros com elas. Eu sou o Senhor vosso Deus”.
NOTA: Fica-se admirado como a malta da “velha guarda” era tão maldosa! Creio que os egípcios não apreciarão esta parte da sua História (a ser verdadeira…).
Sacrificar um filho ao ídolo Moloc não, mas ao Senhor… (o filho de Abraão conseguiu fugir ao pai, lembram-se?).

L. Pereira, 11-8-12

11 de Agosto, 2012 Carlos Esperança

A CASTRAÇÃO SACERDOTAL

Por

ONOFRE VARELA

Os sacerdotes católicos começam por ser (e são-no por toda a vida) homens. Uma boa parte deles, provavelmente, constituirá uma colecção de homens frustrados. E isto porque a condição sacerdotal que assumiram na juventude, operou desvios nos seus modos de pensar e comportar.

Um dos desvios foi-lhes imposto pela proibição de darem uso ao sexo que, quer o papa queira, quer não, os padres possuem. O sexo tem uma função específica que vem escrita no caderno de encargos de cada um, que é o código genético, e negá-lo… é um berbicacho!…

O instinto sexual é uma condição natural. Funciona como mola impossível de conter para perpetuar a espécie. E todos os seres vivos (vegetais incluídos) o fazem das mais variadas maneiras e nas mais incríveis situações. Alguns deles até morrem depois da missão cumprida, como o louva-a-deus e o salmão. Os homens também estão,
incontornavelmente, abrangidos por essa lei natural.

Os padres católicos, porém, estão impedidos de serem homens biológica e psicologicamente inteiros, o que, se em alguns indivíduos acaba por ser uma condição pacífica, em muitos outros não o será, já que a condição de macho, de uma espécie inteligente e erótica (e o erotismo é importante), é-lhes negada, proibida e censurada.
A lei clerical que os impede de se realizarem sexualmente pode modificar (e modifica) o comportamento social de alguns indivíduos de sotaina e cabeção.

Dir-me-ão que há quem consiga viver casto, sem actividade sexual. É verdade que sim. (Ó p´ra mim!… À porta dos 70, já não me afadigo como aos 20 e aos 40!…). O cérebro dos humanos opera milagres! As possibilidades comportamentais do Homem são imensas, como ser inteligente e racional que é. O Homem é o único ser que se adapta a
quaisquer condições, inclusive àquelas onde as possibilidades de vida são impossíveis (como, por exemplo, navegar o espaço para lá da camada protectora da atmosfera), graças ao seu poder inventivo, à técnica e às capacidades específicas do cérebro que possui.

Há quem viva sexualmente casto e em harmonia, quando a condição da castidade parte de si mesmo. Sendo assim, a sua situação psicológica, muito provavelmente, será perfeita, porque se trata de uma opção pessoal. É como viver só, rejeitando a compartilha do apartamento.

Quem assim se comporta está a cumprir a sua vontade e a viver de acordo com ela. A sua condição de macho — o instinto sexual desse indivíduo —, não está a ser violentada, já que ser casto é uma opção própria, ditada pelo seu cérebro, por isso, intrínseca ao seu modo de pensar e de sentir. É o seu desejo. O mesmo não se poderá dizer quando a condição de castidade lhe é imposta; lhe chega de fora de si, em forma de lei escrita e com superiores hierárquicos fiscalizadores, como polícias de trânsito a
avaliarem o seu modo de conduzir. As reacções psicológicas desse indivíduo — interno de um seminário e rodeado de machos com os mesmos instintos sexuais a serem, coercivamente, refreados —, não será, certamente, as mesmas do outro que não é casto por imposição, mas por opção.

A Igreja é cheia de homens a quem foi imposta a castidade contra a sua vontade natural, e que transportam esse dilema nos seus cérebros, convivendo mal com ele todos os dias das suas vidas. Má convivência que, necessariamente, se reflectirá nas suas atitudes comportamentais. Mas a Igreja também tem sacerdotes que se relacionam sexualmente, numa situação obrigatoriamente clandestina, compensando o seu lado afectivo (e erótico) na relação sexual como prémio do desejo.

Estas relações, para os seus intervenientes, só têm a negatividade de serem clandestinas, imprimindo-lhes algo de relação incompleta e “pecaminosa”. Como relação secreta, não se pode mostrar aos outros a felicidade que se sente por amar fisicamente aquela pessoa!
Quanto à relação em si, desde que partilhada com parceiros (mulher ou homem, tanto dá) de maioridade e por vontade própria, ela é perfeita!

E como todos nós sabemos, por notícias que às vezes vêm a público, a Igreja enferma do crime de pedofilia, a juntar a tantos outros crimes e atitudes prepotentes que brotam do seu útero parideiro de desgraças, juntamente com mais uma colecção enorme de abusos de vária ordem contra a sociedade onde a Igreja se estabeleceu, e principalmente
contra as mulheres que são as eternas e preferidas vítimas do conceito do deus patriarcal, arcaico, homófobo e castigador.

Dirão os religiosos, na condição de advogados do diabo, que os crimes de pedofilia na classe clerical não são da Igreja, enquanto instituição, mas, apenas e só, de alguns sacerdotes.
Claro que sim! Mas um só que fosse, já era demais para a santidade de que a ICAR se apregoa. Um só energúmeno padre que abuse sexualmente de uma criança, é uma aberração da instituição, mercê da moral que a Igreja diz representar!

Na realidade, o número de padres pedófilos e abusadores sexuais de menores e de portadores de deficiência, é imenso!
E estes crimes são, habitualmente, silenciados pela hierarquia da Igreja. Os casos que chegam às páginas dos jornais serão, apenas, uma gota de um oceano de maldades.
A condição de “animal-predador-sexual”, no homem comum, é limada pela ética comportamental aprendida no meio que o formatou desde o berço como animal gregário que é, e pela lei instituída na sociedade, o que o impede de, quando estimulado pelo instinto sexual, violar todas as mulheres com que se cruza na rua.

Mas este homem comum, foi educado para se insinuar, escolher mulher, conquistá-la, namorar, e, por vontade dos dois, viver em comum e envolver-se numa troca de sexo, de saliva e de outros fluídos corporais numa dádiva mútua. Disto (que é bom!…), os padres estão proibidos de usufruir!

A Santa Madre Igreja e o papa, que é seu parceiro (B16, não esqueçamos, provém da ala mais extremista, direitista, estúpida, retrógrada, prepotente, arcaica, medieval e tenebrosa da ICAR), batem o pé para que assim continue a ser, permitindo-se os desvios que a Natureza opera nas cabeças sacerdotais (há religiosos que também são autores de actos positivos? Um dia falarei sobre isso).

A Igreja esquece que os padres, lá por serem padres, não deixam de ter erecções… e reprimi-las é anti-natural, embora esteja de acordo com o sacro-sadismo de infligir auto-sofrimento para atingir a santidade (!) e, se calhar, por essa via, conseguir um orgasmo…

Coibir a sexualidade é um acto psicologicamente violento, não sendo, por isso, um bom princípio para se ser uma pessoa de bem e conviver em harmonia consigo e com os outros.
Tenho para mim que quem não tem uma relação sexual que o satisfaça, não pode ser boa pessoa. E mais: provavelmente será azedo no modo de se expressar e conviver. Azedume que se nota em alguns recados de rodapé que estes textos às vezes suscitam… não é?!…

A esses espíritos azedos de fel, permito-me sugerir-lhes que conquistem uma mulher e se deitem com ela (*).
Vão ver que é bom!… e vão-me agradecer a sugestão!…
Vá… experimentem!…

(*) – Não sei se terão estaleca para isso. Se calhar só têm força na língua para vomitar insultos…

Onofre Varela.