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Dia: 17 de Junho, 2012

17 de Junho, 2012 José Moreira

Poderia ser a solução?

«A Santa Sé revelou ontem, dia 14, que a Congregação para a Doutrina da Fé (CDF) propôs à Fraternidade Sacerdotal São Pio X (FSSPX), fundada por D. Marcel Lefèbvre (1905-1991), a criação de uma prelatura pessoal.»

Desde sempre que a Santam Unam Catolicam Apostolicam Igrejam (SUCAI – seja-me perdoado o sotaque – se tem batido incansavelmente pela conquista da paz e, principalmente, pelas boas relações inter-religiosas. O seu esforço levou-a, inclusivamente, a pegar em armas para atingir o desiderato. Só que, ultimamente, a SUCAI tem andado assim a modos que nem lá vou nem faço minga, palmilhando os ínvios caminhos do “nim”. Principalmente desde que a Santa Inquisição entrou em “lock-out”. Ou hibernação, quem sabe…?

Pois bem,  parece que a SUCAI voltou a desenterrar os seus pergaminhos, e regressou ao caminho da conquista da paz e da concórdia. Desta vez sem armas, mas com um toque de modernidade: através do franchising.  Para já, começou com a FSSPX, o que se louva e aplaude com ambas as mãos, mas seria boa ideia alargar os seus horizontes. Ou seja, a SUCAI (ICAR, para os amigos) poderia estender a sua mão abençoada a religiões que adoram outros deuses.  Por exemplo, um islâmico quer fazer uma das cinco orações diárias e não tem nenhuma mesquita ali  à mão de semear; pois bem, a igreja mais próxima disponibilizar-lhe-ia não só uma esteira, mas também uma bússola devidamente orientada para Meca. Por uma questão de economia, a bússola poderia ser substituída por uma seta pintada no chão.  Claro que o islâmico teria de ignorar a bonecada que enfeita os altares, mas isso só demonstraria a sua boa-vontade e tolerância. Desde logo, o pessoal começava a pensar duas vezes antes se fazer rebentar e fazer rebentar os outros, porque começava a pensar que, se calhar, os outros até não eram tão maus como isso. Depois, até podia ser – quem sabe? – que eles começassem a deixar os cristãos – católicos ou nem por isso – fazer as suas orações nas mesquitas, que até não são utilizadas ao domingo. Não viria grande mal ao mundo se realizassem umas missas na mesquita de Al-Acsa, por exemplo… Desde que não fosse à 6ª feira, claro.

Mas a ICAR (a.k.a SUCAI) até podia ir mais longe: como grande parte da comunidade muçulmana tem dificuldades em fazer a peregrinação obrigatória a Meca, a ICAR podia estabelecer protocolos de modo a considerar Fátima como local de peregrinação opcional e com a mesma força jurídico-religiosa. Isto, claro, para os islâmicos que residam em Portugal e no norte de África. Seria uma questão de fazer as pesquisas necessárias para para ver qual a melhor opção, em termos financeiros, isto é, a melhor relação distância-qualidade-preço. A gerência do santuário se Fátima, numa demonstração de boa-vontade, até podia mandar construir uma Ka’bah, com o dinheiro que sobejou da nova basílica. A Hajar el Aswad poderia, perfeitamente, ser dispensada, porque o importante é o simbolismo.

Finalmente, e uma vez por ano, muçulmanos e cristãos – fossem católicos ou nem por isso – reunir-se-iam num mega pic-nic, mas sem porcos, que era para não ofender os nossos irmãos mouros, e sem o Toni Carreira, para não ofender os nossos irmãos inteligentes e cultos.

Numa segunda fase, alargar-se-iam estas medidas aos judeus, hindus, etc.

Enfim, uma ideia a considerar pela ICAR, e pela qual não levo um tusto..

17 de Junho, 2012 José Moreira

Sinais dos tempos?

Segundo a comunicação social, o “mega pic-nic“, que contou com o inefável Tony Carreira, agregou cerca de 500.000 (quinhentas mil) pessoas.

Não sei quantos peregrinos estiveram em Fátima, no 13 de Maio de 2012, mas eram esperados 300.000 (trezentos mil) um número superior ao verificado nos últimos anos.

Será que o Tony Carreira vende mais que a senhora de Fátima? Ou será o Continente (passe a publicidade) que tem melhor estratégia de marketing?