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Dia: 12 de Agosto, 2010

12 de Agosto, 2010 Fernandes

Pagando com a mesma moeda

Uma casa de strip-tease no Ohio é perseguida por uma comunidade cristã que faz piquetes, exibe placas, filma quem entra no estabelecimento e coloca online, e até usa megafones, tudo para fechar o estabelecimento.

A casa de diversões, para exercer a atividade em paz, tentou processar a igreja  mas acabou por perder. Não ficaram de braços cruzados.

As strippers resolveram pagar com a mesma moeda. Protestar em frente da igreja. Elas vestem as melhores roupas de “trabalho” e acampam na frente da igreja batista, com pistolas d’água, cadeiras de praia e uma churrasqueira. Elas trazem placas alertando os fiéis sobre os falsos profetas.

 Aqui:  http://www.dispatch.com/live/content/local_news/stories/2010/08/09/of-ire-and-brimstone.html´

12 de Agosto, 2010 Carlos Esperança

O adultério, a religião e a justiça

O recente fuzilamento de uma viúva afegã, grávida, sob a alegação de adultério, é de tal modo repulsivo que não pode deixar alheados os povos civilizados. O crime foi, aliás, precedido de duzentas chicotadas, uma tortura cuja crueza revolta e envergonha pessoas civilizadas.

A repressão sexual é uma perversão comum aos três monoteísmos e a forma de domínio mais comum, sendo as mulheres as vítimas predilectas do carácter misógino do deus do Antigo Testamento.

Sempre que as Igrejas conseguem influenciar o poder secular aparecem as penas contra o adultério. O caso de Camilo Castelo Branco, preso por adultério, está ainda presente em todos os que preferem a literatura profana aos livros pios. Só a laicidade consegue pôr cobro à demência beata que devora o clero dos monoteísmos abraâmicos.

A violência da fé não se satisfaz em fazer de cada crente um capacho do seus deus, é um instrumento de repressão, violência e sofrimento sobre quem teve a fatalidade de nascer na sua zona de influência.

A Tora (seis séculos a. C) e o Talmude (200 d. C. + 500 d. C., o Antigo e o Novo Testamento, O Corão (632) e a Sunnah (séc. IX) têm em comum o carácter misógino mas diferem em relação ao álcool, à carne de porco e na defesa do véu e da burka. No islão as proibições atingem o fulgor demente, onde até urinar com o jacto virado para Meca é proibido.

Hoje, o mais violento e implacável dos monoteísmos é o islão. Não há desculpas que possam justificar os horrores cometidos pela sharia. A tradição serviu quase sempre como álibi para os piores crimes e os maiores desvarios. É altura de combater no campo cultural as crenças que envenenam os fiéis e desgraçam os que vivem na área da sua influência.